terça-feira, 2 de outubro de 2012

We need to talk about Kevin




- 9 -
Drama
Thriller






We need to talk about Kevin: Review


Para muitos pode parecer um filme banal, podem achar que existem centenas de filmes melhores que este. Mas, para mim, este filme foi uma agradável surpresa. A sua atmosfera, as cores, a montagem, a fotografia, a estranha banda sonora, enfim, quase tudo me espantou e me revelou outro lado do cinema.
É um filme que nos mostra o nascimento e crescimento de um psicopata de um ponto de vista nunca antes representado no cinema. O ponto de vista de mãe.
A história não é contada da maneira mais tradicional. A acção alterna entre o passado e o futuro, prendendo o espectador devido à curiosidade e ansiedade de saber tudo o que aconteceu. Hoje em dia, esta maneira de “organizar” um filme é cada vez mais frequente, atrevo-me a dizer que está a saturar o público cinematográfico.No entanto, resulta absolutamente bem neste filme! É uma das suas qualidades.
Primeiramente, é exibida a vida de uma Eva sem filhos ou marido. Apercebemo-nos que há algo de errado quando a sua casa é vandalizada e pintada de vermelho. O que terá acontecido para ela ter aquela constante tristeza e solidão nos olhos? É a partir daqui que é revelada a anterior vida de Eva. Ela era autora de livros de viagem, casada com Franklin, até que a sua vida muda completamente com o nascimento de Kevin.
A relação entre a mãe e o filho nunca foi fácil, sempre houve desavenças e choques. Kevin parece odiar a sua mãe devido a um motivo que nos é alheio e Eva parece culpar o filho por arruinar a sua vida profissional e, mais tarde, matrimonial. Penso que Eva culpa Kevin por este lhe ter roubado a liberdade e agora ser obrigada a ser mãe a tempo inteiro.
Desde cedo Eva percebeu que Kevin não era um rapaz normal. Desde o constante choro do bebé (apenas quando estava com a mãe) até ao disparo de uma seta de brincar contra a janela do compartimento onde Eva estava. 
Os actores não podiam ser melhores para representar estas personagens. Tilda Swinton realmente vive a sua personagem, é tão natural e real que parece ser verdadeiramente a mãe de um psicopata. Em nenhum momento do filme ela erra, parece não haver nenhuma barreira entre a actriz e a personagem. Também Ezra Miller faz um trabalho excelente, decerto que sem ele não seria o mesmo extraordinário filme. Todas as expressões e movimentos nos fazem esquecer que o jovem é apenas um actor novato.
Nunca irei esquecer a cara de alívio de Tilda Swinton que, depois de empurrar durante muito tempo um carrinho de um bebé que não para de chorar, encontra, junto ao tremendo barulho de martelos pneumáticos, um lugar onde não consegue ouvir o filho.

We need to talk about Kevin: Soundtrack




“Mule Skinner Blues” – Lonnie Donegan
“Ham N Eggs” – Lonnie Donegan
“Everyday” – Buddy Holly
“Nobody’s Child” – Lonnie Donegan
“In My Room” – The Beach Boys
“Mother’s Last Word To Her Son” – Washington Phillips
“Wwoooo” – Rory Stewart Kinnear
“Last Christmas” – Wham!
“Tephra” – Helena Gough
“Aquaculture” – Jana Winderen
“Once In Royal David’s City” – Anónimo
“Christmas Wish” – Paul Fletcher, Patrick Sturrock, Marc Williams
“Greensleeves” – Matt Fletcher
“Bossa” – Sean Hargreaves
“Ballad” – Sean Hargreaves
“Happy Days — Cues” – Fox/Gimbell
“The Ambush” – Liu Fang
“Farewell To My Concubine” – Liu Fang


Podes ouvir as músicas aqui.

We need to talk about Kevin: Get the Look



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